quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Questão de perspectiva





Hoje eu estou afim de escrever sobre um tema que vi num vídeo.
Sobre o quanto nossa visão do mundo está condicionada.

Alguns fatos recentes me fizeram voltar a pensar sobre isso, e resolvi compartilhar aqui.

A tradução do vídeo é o seguinte (recomendo a leitura se você não entende em inglês):

"Imagine o seguinte cenário:
Você está no trabalho ou na escola, como em qualquer outro dia da semana, quando de repente você recebe uma ligação do Departamento de Polícia, eles então te dizem que sua casa pegou fogo e todos seus parentes próximos estavam lá dentro e que ninguém sobreviveu.

Em outras palavras, você, literalmente, acaba de perder tudo. Imagine como isso te faria sentir. Porém você vai até lá verificar e descobre que a polícia, na verdade, estava errada, e que foi a casa do vizinho que pegou fogo e não a sua, tudo está bem, ninguém se machucou, nada de mal aconteceu com você.

Agora imagine o quão aliviado e agradecido você se sentiria apenas em ver sua casa, seus familiares e as pessoas que você ama de novo depois de ter tido a certeza de que eles tinham morrido. Agora reconheça: nada na verdade mudou. Tudo está exatamente como estava naquela manhã antes de você receber a ligação, a única diferença é que agora você não mais considera tudo isso como garantido porque você achou que havia perdido.

A razão pela qual a maioria das pessoas acha a vida chata e entediante, é que elas consideram as coisas como absolutamente garantidas muito rapidamente, ainda que tenham grande valor para nós, apenas se tornam normal. O mesmo vale para as experiências boas e ruins que geralmente temos, a maioria delas simplesmente depende do ponto de vista.

Um homem recém liberado de um campo de concentração, por exemplo, pode achar uma refeição quente e um banho coisas absolutamente incríveis, enquanto pra você parece ser a coisa mais comum do mundo. Com nosso ponto de vista nós traçamos os nossas expectativas na vida, e as nossas expectativas determinam o quão felizes nós somos com o que conseguimos.

Porém esse ponto de vista depende bastante de onde você nasceu e da cultura que te cerca, por exemplo:

Existem pessoas que sonham loucamente em ganhar na loteria, porque em termos de conforto, numa escala de 0 a 10, se você está em 7, ganhar na loteria te levaria imediatamente para 10, porém enquanto estando no 7, deveríamos ter claro em nossa mente, que nós temos a mesma probabilidade, senão mais, de ter nascido em um país pobre, sem proteção do governo, sem comida, sem nada. Nós ja temos os níveis 0,1,2,3,4,5,6,7 porém não nos importamos com isso mais, e no fim, se você observar o mundo, não se engane, nós, de fato, ganhamos na loteria,mas apenas não percebemos."

Esse vídeo resume bastante a idéia deste post.

Será que damos, diariamente, o valor necessário a tudo e a todos que fazem parte da nossa vida? Ora, o dia de amanhã pode nos trazer surpresas infinitamente desagradáveis, e que talvez não nos dê mais tempo nem oportunidade de mudar nossa postura diante das coisas.

Será que se você mudar seu comportamento hoje, esses fatos desagradáveis terão a mesma chance de ocorrer? Bom, sabemos que não. Porém o que poderia ser verdade, e que, muitas vezes não é, é a chance de podermos consertar tudo, conforme nossa vontade.

Se por um lado ter coisas ou pessoas "como garantidas" pode trazer um conforto e abrir espaço para novos objetivos, quando, eventualmente, perdemos, ou pelo menos temos a infeliz sensação de termos perdido, isso traz um sentimento quase indescritível de arrependimento. Portanto é sempre bom revermos nossa postura diante das pessoas que nos cercam, nunca sabemos se essa é a última vez que a veremos, ou a última vez que ela nos verá. É sempre bom deixar uma boa impressão por onde passamos, de modo que se lembrem de nós, e sempre que se lembrem, tenham novamente a vontade de nos ver, e de nos ver bem. O contrário chega a ser tão triste que dispensa comentários.

Bom, vou parar por aqui antes que fique chato, mas ocore que achei necessário dizer isso hoje...

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Direitos de todos?

Bom dia !




Veja que lindo dia lá fora, o céu bem azul cheio de nuvens, o sol vibrante renova as esperanças de mais um dia, tumultuado para alguns, tranquilo para outros, mas acima de tudo, mais um lindo dia a ser modelado por cada um como o seu dia.

Seria essa última afirmação válida para TODOS?
Bom, infelizmente não. Várias vezes vejo pessoas clamando diariamente por liberdade, por mais igualdade, por um pouco mais de dinheiro, por mais honestidade na política. Algumas conquistas, ótimo, são alcançadas, outras não, mas o ponto em que quero chegar é o seguinte: O direito de revolta contra a opressão deve mesmo ser lido separadamente do direito de expressão? Para ficar mais claro: Nem todos os que tem uma causa, uma revolta, tem também a possibilidade de expressão, certo?

Vamos ao que para mim é sempre o melhor exemplo de todos para esse assunto: os animais. Quantas vezes você já parou pra pensar que nós somos tão habitantes desse planeta quanto qualquer outro animal também o é? E que, sendo assim, o direito de liberdade, pelo qual tanto lutamos durante a história e mesmo atualmente, não pertence somente a nós, homens, senão também a todos os outros tipos de vida existentes na Terra?

Ora, eu nunca vi ninguém organizando uma marcha, assim como a marcha da maconha, para libertação dos passarinhos das gaiolas. Pode parecer piada, mas, o que te leva a pensar que o pobre animal tem que ficar preso o resto da vida, sendo que nunca matou, nunca roubou, nunca estuprou, nunca fez mal a ninguém? Enquanto quem rouba, mata, tortura (porque indiretamente, é isso que os governantes omissos ou corruptos fazem com os miseráveis) é livre, e tem o direito a 15 salários anuais de R$ 26.700 cada.

Além disso, o que acontece com o direito das onças, jaguatiricas, lobos e outros predadores de terem um local de morar e criar suas famílias quando alguém decide começar um desmatamento? Pois o que ocorre é que de tanto desmatamento, os bichos ficam sem espaço e começam a aparecer nas fazendas, eventualmente se alimentando de criações e virando, assim, presa fácil dos fazendeiros.

Mas infelizmente nunca veremos no congresso um 'protesto dos animais', porque, obviamente, eles não tem essa capacidade de expressão como nós, e assim, continuarão sendo injustiçados diariamente, e a nossa mídia continuará omissa, nossos políticos continuarão sem dar a mínima, e assim o nosso dia continuará sendo o mesmo e também o dos animais. A menos, claro, que nos levantemos pelo direito dos outros e deixemos de ser egoístas, pensando no novo dia como um direito de TODOS.